Santa Mãe Sri Sarada Devi - parte 29

20.09.23 04:17 AM By Curitiba Centro Ramakrishna Vedanta

Com os discípulos monásticos

Compilador: Swami Prajnatmananda

Publicado em 25/09/2023  -  22:00

Este artigo é a transcrição de uma palestra ministrada pelo Swami Prajnatmananda.

Em 1890, a Santa Mãe visitou Bodha Gaya. É o lugar, onde o Buda Bhagavan alcançou a iluminação, sob a árvore sagrada de Bodhi. Lá ela notou, como os membros de um mosteiro local viviam, confortavelmente com todas as suas necessidades físicas supridas. Mais tarde, ela relembrou: “Ah, quanto chorei, quantas vezes rezei ao Mestre! É por isso, que você vê todos esses mosteiros (da Ordem Ramakrishna) estabelecidos por sua graça. Imediatamente após sua morte, as crianças (os discípulos monásticos) renunciaram ao mundo e procuraram um abrigo temporário. Mas logo depois, eles começaram a vagar de forma independente. Fiquei muito triste e orei ao Mestre: ‘Oh Mestre, você desceu à terra, se divertiu com alguns companheiros e depois partiu feliz. Isso foi o fim de tudo? Se sim, qual a necessidade de assumir um corpo humano e passar por todo esse sofrimento? Tenho visto, muitos sadhus (monges mendicantes) em Varanasi e Vrindaban, que vivem de esmolas e buscam abrigo sob as árvores. Não há escassez de sadhus como eles. Não posso suportar a visão de meus filhos, que renunciaram a tudo em seu nome, indo de porta em porta por um pedaço de comida. Eu oro fervorosamente a você, para que não falte comida e roupas simples para aqueles que desistem do mundo em seu nome. Deixe-os viver junto com você, tendo seus ensinamentos como centro. Aqueles que estão aflitos com as tristezas do mundo, virão a eles e obterão paz ouvindo seus ensinamentos. Esse é o propósito do seu advento, não é? Não consigo me controlar quando os vejo vagando impotentes. Depois, Naren (Swami Vivekananda) organizou tudo isso lentamente” (Ela se referia à fundação do mosteiro Belur Math, de Ramakrishna Math e de Ramakrishna Mission).

 

Entre os apóstolos de Sri Ramakrishna, os  Swamis Adbhutananda, Advaitananda, Yogananda, Trigunatitananda e Saradananda, serviram a Santa Mãe como atendentes. Também examinamos anteriormente a relação espiritual entre o Swami Vivekananda e a Santa Mãe. É maravilhoso ver como os discípulos monásticos amavam, respeitavam, cuidavam e interagiam com a Santa Mãe. Cada um dos discípulos do Mestre considerou a decisão da Santa Mãe sobre qualquer assunto crucial como final, e eles a obedeceram cegamente.  Pela graça de seu guru, eles perceberam que, o Mestre e a Santa Mãe eram a mesma entidade divina em duas formas diferentes. Eles perceberam que o poder da Mãe estava trabalhando atrás deles e da Ordem Ramakrishna.

 

As seguintes citações indicam como alguns dos discípulos monásticos entendiam a Santa Mãe. Swami Shivananda disse: "Santa Mãe é o ideal de feminilidade para esta idade em todo o mundo. A vida dela é maravilhosa. Ela aceitou um corpo humano e viveu como qualquer dona de casa comum, embora na realidade ela fosse a Mãe Divina do Universo, a Energia Divina Primitiva. Ela foi uma dessas dez manifestações de Mãe Divina, Mahavidyas - Kali, Tara, Shodashi, e outras. Ela veio para a Terra, como a contraparte do Mestre, para completar sua missão espiritual nesta era. Como os mortais comuns podem entendê-la? Nem nós poderíamos entendê-la no início. Ela escondeu sua divindade tão completamente que não foi possível reconhecer sua verdadeira natureza. Só o Mestre sabia quem ela realmente era, e Swami Vivekananda sabia um pouco.  O nome da nossa Mãe é Sarada. Ela é a deusa Saraswati. Por sua graça, ela concede conhecimento de Deus. Sem esse conhecimento não se pode ter devoção. O conhecimento puro e a pura devoção são os mesmos e pode-se alcançar ambos apenas por sua graça."

 

Em março de 1892, os Swamis Shivananda, Ramakrishnananda e Subodhananda foram visitar a Santa Mãe em Jayrambati. Naquela época, era uma jornada difícil. Eles informaram a Mãe antes de saírem e conseguiram a permissão para visitá-la. Quando eles chegaram, a Mãe estava muito feliz. Ela tinha arranjado leite, peixe e vários vegetais para eles.  Eles ficaram com a Santa Mãe por três dias em grande alegria. Sua afeição era ilimitada. Ela estava extremamente ocupada de manhã até a noite para que eles não tivessem o menor desconforto.  Swami Shivananda disse: "Sri Ramakrishna encarnou-se na forma humana para estabelecer o yuga-dharma (a religião adequada para esta era).  Santa Mãe encarnou-se para cumprir a missão dele. Como os mortais comuns podem entendê-la? No início, mesmo nós (ou seja, os discípulos) não a entendemos minimamente. Ela costumava manter sua divindade tão secreta, que não se podia entender nada, sobre ela. A Mãe assumiu este corpo humano para despertar toda a feminilidade do mundo".

 

Swami Premananda escreveu: "Quem entendeu a grandeza da Santa Mãe ? Você já ouviu falar sobre Sita, Savitri, Vishnupriya e Radharani, mas a Mãe ocupa um lugar mais alto do que elas. Não é perceptível, nem um pouco de poder sobrenatural nela. O Mestre foi dotado do poder do conhecimento e testemunhamos muitas vezes seu êxtase e samadhi. E a Mãe ? Ela mantém esses poderes suprimidos dentro de si mesma. Que grande poder sobre-humano ela tem! Vitória para a Mãe ! Não vê, quantas pessoas estão vindo até ela, para receber sua graça ? O veneno que não podemos digerir, passamos para a Mãe. A Mãe está dando refúgio a todos. Ela é a personificação do poder infinito e da graça ilimitada. Vitória para a Mãe ! Até o Mestre, só aceitaria as pessoas, depois de muitos testes e triagem. E o que vemos na vida da Mãe ? É realmente incrível, que ela dê refúgio a todos, indiscriminadamente. Sendo a Imperatriz do Universo, ela assumiu a máscara de uma pobre mulher. Ela varre o chão, lava pratos e vasos,  descasca arroz e até  limpa os restos de alimentos que os devotos deixam, depois de comer. Ela tem passado, por essas dificuldades em Jayrambati, a fim de ensinar sobre deveres domésticos aos chefes de família. Ela tem paciência infinita, compaixão ilimitada, e acima de tudo, completa ausência de ego”.

 

Quando a Santa Mãe estava em Calcutá, Swami Premananda sempre pedia permissão antes de ir a qualquer lugar para dar palestras. Em 1914, Swami Premananda foi convidado a falar durante o festival de Sri Ramakrishna em Malda, em Bengala do Norte. Ele veio com os devotos para a Casa Udbodhan para receber a permissão da Mãe. A Santa Mãe perguntou a Swami Premananda se ele queria ir. Ele respondeu com grande emoção: "O que eu sei, Mãe ? Cumprirei sua ordem. Se você me pedir para pular no fogo, eu vou pular; se você me pedir para mergulhar na água, eu vou mergulhar; Se você me pedir para entrar no inferno, eu entrarei. O que é que eu sei? Sua palavra é definitiva." Finalmente, a Santa Mãe lhe deu permissão, mas ela pediu-lhe para voltar em breve. Aos devotos, ela disse: "Você vê, eles são todas grandes almas. Seus corpos são canais para fazer o bem no mundo. Cuidem de seu conforto físico e bem-estar."

 

Swami Abhedananda disse: "Ela, que era Sita e Radha, encarnou nesta era na forma de Sri Sarada Devi. A Mãe é Saraswati, a deusa da sabedoria. Ela concede conhecimento e libertação. O Mestre e a Mãe são idênticos, como Shiva e Shakti."  Os discípulos do Mestre, consultaram a Santa Mãe, mesmo em assuntos pessoais, quando não puderam chegar a uma decisão.  Swami Abhedananda partiu para os Estados Unidos em 1897. Lá ele vivia de dieta vegetariana estrita. De tempos em tempos, ele sofria de doenças. O médico sugeriu que ele comesse comida não vegetariana por motivos de saúde. Sobre isso, ele escreveu uma carta à Santa Mãe buscando seu conselho. Ela respondeu: "Querido Filho,  fiquei muito feliz em receber sua carta ontem, com a notícia de que suas atividades estão indo bem. Você está glorificando a face do Mestre. Eu sempre rezo para ele, e eu vou abençoá-lo para que você possa ser coroado com sucesso. Não há dúvida, de que o Mestre sempre irá ajudá-lo, em suas nobres atividades. Não seja tão rigoroso com comida. Neste país, você deve comer peixe e carne, em vez de comida puramente vegetariana. Não vai fazer mal a você. Estou lhe dando permissão para comer comida não vegetariana sem nenhuma hesitação. Sempre cuide de sua saúde. Descanse na solidão de vez em quando; e escreva para mim ocasionalmente sobre sua saúde. Minhas bênçãos para você, Sua Mãe".

 

Swami Turiyananda disse sobre a Santa Mãe: "A Mãe é o grande poder divino. Ela existe neste mundo para fazer o bem à humanidade. Tentamos ao máximo elevar nossas mentes, para o Chakra da garganta (Vishuddha Chakra falado pelos Yogis); enquanto ela usa Radhu (sua sobrinha) para forçar sua mente, até aquele lugar, a partir do mais alto plano. Tente entender esse mistério ! Vitória para a Mãe, o Poder Primordial !".

 

Swami Subodhananda disse: "O Mestre e a Mãe são um só, como o anverso e o reverso da mesma moeda. Como o fogo e seu poder de queimar são idênticos, eles também são. Eles são complementares um ao outro. Santa Mãe é Mahamaya - o Poder Primordial. Quando Deus encarna, Ela também vem com Ele; caso contrário, o jogo de uma encarnação, Avatara, permanece incompleto. Ela veio com Ramachandra como Sita, com Krishna como Radha, com Buda como Yashodhara, com Chaitanya como Vishnupriya, e agora com Sri Ramakrishna como Sarada.  Saiba com certeza, que quando Santa Mãe te abenço-ou, a partir daquele momento, seu destino mudou. Muitas pessoas lamentam profundamente, que não tenham se encontrado com a Mãe. Só ele pode entender Sri Ramakrishna ou Santa Mãe, a quem eles se revelam. O sol só pode ser visto com a luz do sol. É por sua graça e compaixão, que as pessoas podem conhecê-los e ter seu darshan, visão. Se você pode fazer Santa Mãe sua própria, através de sua graça, você vai alcançar tudo.

 

Swami Vijnanananda disse: "Repito o nome da Mãe como "Maa Anandamayi". Há um efeito especial, de cantar o nome da Mãe. Ela protege aspirantes espirituais da luxúria.  Eu experimentei isso. Pode-se alcançar devoção, fé, sinceridade, inteligência, riqueza e opulência pelo poder de seu nome. Eu consigo mais força do nome da Mãe do que do Mestre.  Você deve olhar para o Mestre e a Mãe com um olho de não-diferenciação. Lembre-se, não se pode realizar o Mestre sem a graça de Mãe, e vice-versa. O Mestre é, por assim dizer, Senhor Narayana, e Mãe, Deusa Lakshmi. Deve-se pedir força da Mãe. Sem força, nada pode ser alcançado.

 

Swami Akhandananda disse: "Santa Mãe é a deusa Annapurna, Mãe do Universo, e Lakshmi de Vaikuntha, morada de Deus. Desta vez, o próprio Deus encarnou-se como Sri Ramakrishna, e a Deusa como nossa Santa Mãe. Deus e Deusa são necessárias para realizar o avatara-lila, ou o jogo divino de uma encarnação na Terra. Tantas vezes que Deus encarnou como um avatara, de Ramachandra a Chaitanya, tantas vezes sua consorte veio. Então, nossa Mãe se tornou Sita, Radha, Yashodhara e Vishnupriya. O Mestre revelou, a verdadeira natureza da Mãe, para alguns de nós. Ele disse a Swami Trigunatitananda: "O poder infinito de Maya de Radha está além da descrição.  Milhões de Krishnas e Ramas evoluem, permanecem e se dissolvem nele. " Quando um devoto disse que tinha conhecido a Santa Mãe, Swami Akhandananda comentou: "Quando você viu a Mãe, o mesmo resultado de ter visto Sri Ramakrishna se acumulará para você. Ter conhecido a Mãe ou o Mestre é o mesmo.”

 

Os discípulos de Sri Ramakrishna consideravam, uma ordem da Santa Mãe, como ordem de seu guru. Em 1897, Swami Akhandananda foi o primeiro monge, a iniciar o alívio da fome em Murshidabad, e Swami Vivekananda o encorajou a trabalhar até a morte. Esquecendo comida e descanso, ele servia seres humanos como Deus. Depois disso, sua saúde piorou e ele sofreu de febre malária. Seus irmãos discípulos pediram a ele para cuidar de si mesmo, mas ele ignorou seus conselhos. Finalmente, a Mãe o chamou para ir à sua residência em Calcutá. Ele imediatamente veio e prostrado para ela. A Santa Mãe lhe disse: "Agora você deve ficar na casa de Balaram, e um médico ayurvédico vai tratá-lo. Por favor, siga suas instruções sem questionar. E não vá embora daquele lugar sem a minha permissão. Swami Akhandananda obedeceu à Mãe como um garotinho. Quando ele estava sob tratamento ayurvédico, Swami Premananda o visitou e pediu-lhe para vir a Belur Math por um dia. Swami Akhandananda respondeu: "Irmão, a Mãe me pediu para ficar aqui e fazer o tratamento. Eu não posso ir a qualquer lugar sem a permissão dela; caso contrário, ela vai me repreender. Swami Premananda então encontrou a Santa Mãe e obteve sua permissão, e o trouxe para Belur Math.

 

Hoje em dia, algumas pessoas não cuidam de seus pais idosos, que os trouxeram para este mundo e os criaram. Eles não percebem o quanto sofrimento e problemas uma mãe passa para criar um filho. Em um dos hinos da Mãe Divina, Sri Shankaracharya diz, कुपुत्रो जायेत, क्वचिदपि कुमाता न भवति| "Ó Mãe, um filho ruim pode às vezes nascer, mas nunca houve uma mãe ruim." Um oceano tem seu fundo e seus limites, mas a afeição de uma mãe é sem fundo e ilimitada. A diferença entre uma mãe comum e a Santa Mãe é a seguinte: uma mãe comum acha que seus filhos vieram de seu corpo, então eles pertencem apenas a ela. A Santa Mãe sabia que todos os seres humanos se originaram dela e todos são seus filhos. Ela demonstrou amor puro e altruísta à humanidade.  A relação entre os discípulos do Mestre e a Santa Mãe, era tão amorosa e doce, que deveria ser o paradigma da relação mãe-filho em todo o mundo.

 

Swami Nirlepananda descreveu como os discípulos do Mestre respeitavam a Santa Mãe. "Notamos que quando os discípulos do Mestre se curvaram à Mãe, ela se estabeleceu em seu verdadeiro Eu. E quando esses grandes saíram, levaria)  algum tempo, até que ela descesse, do avião mais alto para o estado normal. Swami Vivekananda viu que a Santa Mãe era Ādyāshakti, o Poder Primordial. Ele reconhece que uma alma individual, jiva, alcança o conhecimento de Brahman, apenas por sua graça. Depois de iniciar Sudhir (mais tarde Swami Shuddhananda), Swami Vivekananda pediu a Santa Mãe: "Mãe, por favor, conceda suas bênçãos a este menino." Swami Brahmananda disse a Swami Shuddhananda: "Sudhir, eu posso lhe dar a experiência de samadhi, mas a Mãe pode fazer isso melhor e mais facilmente."

 

Em 1906, Swami Saradananda disse a um jovem: 'Hoje você recebeu a Santa Mãe como guru. Se você praticar disciplinas espirituais de acordo com sua instrução, você vai perceber que a Mãe é a própria Mãe Divina. Mas você terá que trabalhar duro. Alguns dizem: "Eu vi a Mãe e recebi o mantra dela, então eu não preciso fazer nenhuma prática espiritual, sadhana." Em certo sentido, eles estão certos, mas realmente, aqueles que dizem isto, estão enganadas. A Mãe abre a porta para a libertação.  Mas você terá que ir e chegar a essa porta.  Swami Saradananda escreveu em um hino:

yathāgner-dāhika shakti rāmakrishne sthitā hi yā|

sarva-vidyā-svarupām tvām sāradam pranamāmyaham||

“Assim, como o poder de queimar habita no fogo, assim também Sarada Devi habita em Sri Ramakrishna como seu Shakti, o Poder Cósmico. Eu me curvo a essa Mãe, que é a personificação do conhecimento.”

 

Em 1913, Swami Vijnanananda veio à Casa Udbodhan para ver a Santa Mãe. Ele disse: "Eu estava sentado no quarto de Swami Saradananda lá embaixo. Recebi uma chamada lá de cima para me curvar à Mãe. Enquanto eu caminhava cada passo, eu podia sentir o lótus de cada centro de Kundalini se abrindo. Meu corpo inteiro e mente foram inundados de felicidade".

 

Em 1918, em Balaram Mandir, Swami Turiyananda disse ao Dr. Durgapada Ghosh, discípulo da Santa Mãe: "Doutor, o que está vendo ? O que acha da Santa Mãe ? É suficiente receber um mantra no ouvido, se não há prática espiritual, Sadhana ? É seguro e certo que você terá a libertação no final e está confirmado. Mas, se você praticar sinceramente, a prática espiritual repetindo o mantra, você será abençoado por provar a felicidade de jivanmukti (libertação nesta mesma vida). Só então, você vai perceber, quem é a Mãe, e deixar este mundo feliz".

 

Swami Adbhutananda disse: "A Mãe conhece meu passado e futuro. Ela sabe de tudo. Qual é a necessidade de escrever cartas para quem sabe tudo sobre meu passado, presente e futuro? A Mãe vai se tornar uma estranha para mim, só porque eu não vou vê-la? Você pergunta como eu vejo a Mãe. Ela é Mãe Lakshmi (a Deusa da riqueza), mas ela é às vezes Sita.  Em outra ocasião, ele disse: "Olha, é tão fácil entender a Mãe? Imagine - ela aceitou a adoração do Mestre! Só o Mestre sabia a verdadeira natureza da Mãe, e Swami Vivekananda entendeu um pouco. Ela é a própria Mãe Lakshmi. Precisa de muita austeridade para entender sua graça".

 

Uma vez, a Santa Mãe estava partindo de Calcutá para Jayrambati. Todos os devotos foram para sua residência e se curvaram para a Mãe que estava lá em cima. Swami Adbhutananda não subiu. Ele estava andando em seu quarto e murmurando para si mesmo: "Quem é mãe ou pai de um monge ? Ele está livre de toda maya (ilusão)." Quando a Santa Mãe estava descendo os degraus, ela o ouviu. Quando ela chegou à porta dele, ela disse: "Caro Latu, você não terá que me aceitar, meu filho." Imediatamente, Latu Maharaj saltou de seu quarto, e caiu aos pés da Mãe e começou a soluçar. Vendo seu filho Latu chorar, lágrimas rolaram dos olhos da Mãe também. Então, Latu Maharaj tomou, o canto de seu chaddar, e começou a enxugar as lágrimas da Mãe. Ele disse a ela, com a voz embargada: "Mãe, você vai para a casa do seu pai. Você não deveria chorar. Sharat Maharaj vai trazer você, de volta em breve. Não chore, Mãe, não. É apropriado para alguém chorar, quando alguém parte? Esta partida tocante, nos lembra, a simplicidade infantil de Swami Adbhutananda e o profundo amor pela Mãe. Ele foi o primeiro discípulo que o Mestre apresentou à Mãe em Dakshineshwar, e ele permaneceu dedicado a ela durante toda a sua vida.  Tal era, a maravilhosa relação entre a Santa Mãe e os discípulos do Mestre.


(Continuaremos a narração da vida da Santa Mãe Sri Sarada Devi no próximo post)

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