Mãe da Ordem Ramakrishna
Mãe da Ordem Ramakrishna
Compilador: Swami Prajnatmananda
Publicado em 25/09/2023 - 22:00
Este artigo é a transcrição de uma palestra ministrada pelo Swami Prajnatmananda.
Alguém questionou Swami Vivekananda: "Quem administra uma casa ?". Ele respondeu: "Na casa ocidental, a esposa governa. Em uma casa indiana, a mãe governa”. Em muitas religiões, Deus é adorado como o princípio masculino; mas na Índia, Deus é adorado não apenas como Pai, mas também como Mãe. O Taittiriya Upanishad diz, Matru devo bhava- Adore a mãe como Deus. Por que ? Swami Vivekananda diz: "Porque ela se fez pura. Ela às vezes passou por penitências duras para manter-se tão pura, como a pureza pode ser. São o amor e o afeto da mãe, compaixão e altruísmo, paciência e tolerância, que mantêm unidos os membros da família. Quando os jovens discípulos do Mestre quiseram ser monges e formar a Ordem Ramakrishna, eles tiveram que passar por dificuldades intransponíveis.
A Santa Mãe estava apoiando eles. Em sua palestra, "Minha Vida e Missão", proferida nos Estados Unidos em 1900, Swami Vivekananda reconheceu o papel da Santa Mãe após a morte do Mestre: "Então chegou um momento terrível — para mim pessoalmente e para todos os outros meninos também... A simpatia dela trouxe bênçãos e esperança. Ela era uma mulher, a esposa do meu Mestre. Todos nós temos grande respeito por ela”.
A Santa Mãe foi também o primeiro discípulo de Sri Ramakrishna. E ele transmitiu os resultados de suas práticas espirituais, sadhana, para ela. Aos poucos, os discípulos perceberam que o poder do Mestre estava trabalhando através da Santa Mãe; eles eram idênticos. Durante sua vida, a Santa Mãe foi a Shakti, ou Poder, por trás da Ordem. Esse poder ainda está funcionando, de forma invisível. É por isso que ela é considerada "Mãe da Ordem Ramakrishna", "Sangha Janani". A Santa Mãe não estava envolvida na administração da Ordem. Mas, Swami Brahmananda, Swami Saradananda, e os outros Swamis seniores sempre a consultaram sobre questões cruciais. Ela cuidava do bem-estar físico, mental e espiritual dos monges. Seu conhecimento prático e senso comum os guiaram, a se adaptar à vida comunitária no mosteiro. Ela deu abrigo, na Casa Udbodhan, para aqueles que não conseguiam se dar bem com os outros. Seu poder espiritual, amor altruísta e afeto materno transformaram a vida de muitos monges. No entanto, ela disciplinava sem comprometer aqueles que se desviavam do ideal da Ordem Ramakrishna. Ela também elevou, suas mentes para um reino maior, através de seu poder espiritual e compaixão. Seu serviço amoroso e seu doce comportamento, perdão e gentileza, dominaram esses monges, e eles a obedeceram implicitamente.
Ela iniciou e deu roupas ocres, para alguns deles, que mais tarde espalharam a mensagem de Sri Ramakrishna na Índia, bem como no exterior. Ela previu que haveria templos e mosteiros em Kamarpukur e Jayrambati e ela fez arranjos para eles durante sua vida. Ela esteve por trás da criação dos centros Udbodhan, Jayrambati, Koalpara e Kamarpukur. Ela também encorajou os monges a fazer o trabalho de socorro durante calamidades naturais. Assim como uma ave mãe protege seus filhotes da tempestade abrindo suas asas, a Santa Mãe protegeu os discípulos do Mestre de várias vicissitudes.
A Santa Mãe não era uma mãe egoísta ou possessiva, excessivamente apegada aos seus filhos ou mantendo-os muito perto de si mesma. Ela deu votos de monastismo, sannyasa, a alguns discípulos, e depois os mandou para o Himalaia para realizar austeridades, tapasya. Ela até lhes deu permissão para ir a países estrangeiros para espalhar a mensagem de Sri Ramakrishna. A Santa Mãe disse a Swami Girijananda: "Minha mãe gostava muito de Sharat (Swami Saradananda). Ele veio até mim para pedir permissão para ir para os Estados Unidos. Eu o abençoei e disse: "Não tenha medo. O Mestre está sempre protegendo você. Quando Sharat partiu, minha mãe me disse: 'Olha Saru (significando Sarada Devi), sendo mãe, por que você deu permissão para Sharat ir para longe, além dos sete mares e treze rios ? Seu coração é duro como pedra !" Ela não conseguia entender que a Santa Mãe permitia que Swami Saradananda fosse para o Ocidente, para espalhar a mensagem do Mestre.
A Santa Mãe ligou os monges a ela com amor e afeto insondáveis. Ela cuidava de suas necessidades físicas, bem como de seu bem-estar espiritual. Swami Nikhilananda foi um de seus discípulos, que mais tarde serviu em nosso Centro de Nova York. Ele escreveu: "A Santa Mãe foi uma fonte de inspiração infalível para os membros da Ordem Ramakrishna e derramou suas bênçãos a todos que renunciaram ao mundo, inspirados pelos ensinamentos do Mestre. Sentiu a necessidade de uma organização religiosa com o propósito de pregar os ensinamentos do Mestre e dar-lhes forma prática e também para abrigar os monges, onde eles poderiam ter certeza de comida, roupas e outras necessidades simples da vida. Após o estabelecimento do Mosteiro e Missão, ela se tornou seu centro espiritual. Durante sua vida, ela manteve os olhos nos monges para ver que eles fielmente cumpriam seus deveres. Como Swami Vivekananda, ela também olhou para a organização como o corpo visível de Sri Ramakrishna e cada parte como um de seus próprios membros. Ela deu liberdade aos monges para desenvolverem suas potencialidades interiores à sua maneira; mas ela não desistiu de agir com gravidade quando tal atitude foi considerada necessária".
A aldeia de Koalpara está localizada a 6 km ao norte de Jayrambati na rota entre Vishnupur e Jayrambati. Quando a Santa Mãe viajava de trem de Calcutá, ela descia na estação ferroviária de Vishnupur e depois pegava um carro de boi para Jayrambati. No caminho, ela fazia uma pausa em sua jornada no Ashrama de Koalpara, que ela chamou de sua "sala", seu lugar de descanso. Kedarnath Datta, um professor local, iniciou o Ashrama de Koalpara com alguns jovens. Eles praticavam meditação e estudavam o Srimad Bhagavad Gita, o Bhagavata e a literatura Ramakrishna-Vivekananda. Eles se tornaram atraídos pela Santa Mãe e finalmente tomaram iniciação espiritual dela. Quando a Santa Mãe estava em Jayrambati, muitos devotos de Calcutá costumavam visitá-la. Nessas ocasiões, esses jovens de Koalpara levavam mantimentos, legumes e outras necessidades para ela. O Ashrama também realizou algumas atividades de assistência social. O Ashrama mantinha uma escola de tecelagem, uma escola primária, um dispensário de caridade, e um pequeno orfanato. A Santa Mãe e Swami Saradananda incentivavam suas atividades filantrópicas.
Kedar recebeu permissão de sua mãe e se aproximou de Santa Mãe para obter votos monásticos, sannyasa. Como uma marca de monastismo, a Santa Mãe deu a roupa ocre para Kedar. Mais tarde, ele tomou sannyasa formal em Belur Math e tornou-se Swami Keshavananda. A Santa Mãe deu iniciação espiritual e Sannyasa para vários outros jovens também. Ela era muito cautelosa ao permitir aos jovens uma vida de renúncia. Ela verificava se eles não tinham nenhum dependente. Assim, a Santa Mãe começou a recrutar monges para a Ordem Ramakrishna. Swami Keshavananda doou sua casa familiar perto do Ashrama de Koalpara, para construir o Ashrama de Jagadamba, onde a Santa Mãe ficou em várias ocasiões, por longos períodos de cada vez. Em 1911, a Santa Mãe instalou fotos de Sri Ramakrishna e dela mesma no Ashrama de Koalpara e adorava ambas as fotos com flores e pasta de sândalo. Ela pediu ao Brahmachari Kishori para realizar uma homa, ou cerimônia de fogo, naquela ocasião. Em 1918, o Ashrama de Koalpara tornou-se filiado à Ordem Ramakrishna.
Embora a Santa Mãe se escondesse atrás de um véu, ela tinha uma personalidade dinâmica. Sua personalidade divina e inspiração produziram monges maravilhosos para a Ordem Ramakrishna. Os monges vieram de várias partes da Índia, de diferentes posições sociais e origens. A Santa Mãe sempre enfatizou a amizade e o amor fraternal como o cimento necessário para fortalecer a organização. Ela lembrou aos monges que o amor mútuo e o respeito, a pureza e a renúncia, humildade e obediência, são essenciais para a organização monástica. A Santa Mãe sabia que era necessário manter a disciplina em um mosteiro. Mas ela desaprovava qualquer aspereza desnecessária ou exercício excessivo de autoridade, em nome da disciplina.
Swami Keshavananda, o chefe do Ashrama de Koalpara, era um mestre de tarefas duro e exigia trabalho árduo dos membros monásticos. Ele foi negligente em dar aos monges comida e cuidados adequados. Como resultado destes maus tratos, alguns dos membros do Ashrama partiram para se abrigar com a Santa Mãe ou com Swami Saradananda. Swami Keshavananda apresentou uma queixa à Santa Mãe a este respeito. A Santa Mãe deu uma resposta severa: "O que há de errado com você ? O que você quer dizer? O amor é a coisa essencial. A organização do Mestre só cresce através do amor. Eu sou a mãe deles. Como você é inconveniente ao fazer um comentário tão cáustico para mim, sobre a comida deles!”.
Swami Keshavananda era bastante austero e avarento. Ele não queria gastar dinheiro com comida saudável, mesmo quando os monges sofriam de febre malária. No Ashrama de Koalpara, eles ofereciam ao Mestre arroz e um prato vegetariano com verduras. Os monges compartilhavam do mesmo Prasad. Geralmente, os monges de Koalpara traziam vegetais e mantimentos para Jayrambati, mas uma vez eles não apareceram por algumas semanas. Preocupada, a Santa Mãe enviou sua empregada para investigar e descobriu que todos sofriam de malária. Ela ditou uma carta a Radhu, endereçada a Swami Keshavananda e enviou-a através de sua empregada Nibu: "Querido Kedar, instalei o Mestre em Koalpara. O Mestre também comia arroz e peixe. Então, eu te digo, por favor ofereça arroz e peixe pelo menos aos sábados e terças-feiras e não aos domingos e no mínimo três tipos de legumes. Se os monges praticam austeridade severa sem boa comida, como lutarão contra a malária ?". Isso colocou as coisas em ordem.
A Santa Mãe era extremamente prática. Se os monges forem fisicamente fracos, como servirão à sociedade como membros da Ordem ? Mais tarde, a Santa Mãe, indignada, disse a Swami Keshavananda: "O que é isso ? Como você pode administrar o Ashrama através de astuta manipulação ? Esses meninos podem ser seus alunos, mas se você repreender demais seus próprios filhos, eles vão deixá-lo. A Santa Mãe gostava de Swami Keshavananda por sua dedicação e ele também era muito dedicado a ela. Mas a Mãe não tolerava nenhuma conduta inapropriada de seus discípulos. Uma vez ela ficou chateada com a conduta de Swami Keshavananda em relação aos seus monges assistentes e disse: "Como você se atreve a me pedir para falar com os monges dessa maneira ? Quer dizer que eles não devem encontrar acomodação em outro lugar ? Eles são meus filhos e se abrigaram com o Mestre. Onde quer que eles vão, o Mestre cuidará deles. E você quer extrair uma promessa minha de que eles não encontrarão abrigo em nenhum outro lugar ! Eu nunca poderei proferir tal promessa. Todos se assustaram com sua voz alta e seu rosto avermelhado. Swami Keshavananda ao mesmo tempo caiu aos pés de Santa Mãe e implorou seu perdão.
A Santa Mãe tenha advertido o chefe do centro de Koalpara. Mas ela também aconselhou os membros monásticos a se adaptarem à vida comunitária. Um dia, em Jayrambati, ela disse a um monástico recluso: "Olha, monges no Ashrama devem viver juntos, adaptando-se uns aos outros. O Mestre costumava dizer: "sa, sha, shsha— tolere, tolere, tolere". Tenha paciência e tolerância em todas as situações. O Mestre está cuidando de você. Apesar de várias dificuldades na vida no Ashrama, a Santa Mãe sempre encorajou os monges a viverem juntos harmoniosamente e trabalharem sinceramente para o Mestre.
Como a Ordem Ramakrishna é uma organização internacional, a Santa Mãe sempre inspirou os monges a aprender inglês, para que pudessem se comunicar com estrangeiros. Um dia, Swami Keshavananda disse à Santa Mãe: "Mãe, todos os seus filhos são altamente educados, exceto alguns como nós. Swami Saradananda escreveu a biografia do Mestre (Sri Ramakrishna, o Grande Mestre -- Sri Ramakrishna Lilaprasanga) e está espalhando sua mensagem. Seus outros filhos também estão dando palestras e servindo de muitas maneiras". A Santa Mãe respondeu: "O que você está dizendo? O Mestre não tinha muita educação. O importante é manter a mente em Deus. Um grande trabalho será feito através de você nesta parte do país. Todos esses garotos fazem tantas tarefas por mim. Desta vez, o Mestre veio para libertar todos: os ricos e os pobres, os alfabetizados e os analfabetos. A brisa da Malaya (brisa animadora) está soprando. Aqueles que desenrolam a vela chegam ao destino e aqueles que se refugiam nele serão abençoados. Não se preocupe. Você é meu próprio povo. No entanto, monges educados são como marfim coberto com ouro ornamentado”.
Quando os monges enfrentavam um dilema, eles procuravam o conselho da Santa Mãe. O Ashrama de Koalpara tinha um dispensário de caridade. Algumas pessoas se aproveitavam do Ashrama, aceitando remédios gratuitos, embora tivessem os meios para pagar por eles. O Swami dirigente não gostou disso, então ele pediu a permissão da Santa Mãe para parar de dar remédios a essas pessoas de graça. Com uma perspectiva de caridade, a Santa Mãe respondeu: "Todos os requerentes de ajuda são considerados carentes, por isso mantenha a porta do dispensário aberta a todos". A mesma tradição continua até hoje em relação a todos os nossos serviços de caridade. Nossas atividades de serviço são conduzidas na base de “sem perda, sem ganho”. É claro que as pessoas generosas e filantrópicas sempre apoiam essas atividades, por meio de doações e serviço voluntário.
A Santa Mãe encorajou os monges a trabalhar e, ao mesmo tempo, ela advertiu-os para não serem egoístas e de mente acanhada enquanto gerenciavam o centro. Ela os alertou contra o apego desordenado ao mosteiro ou ao emaranhamento em atividades que poderiam interferir em suas práticas espirituais. Um dia, ela repreendeu Swami Tanmayananda por causa de seu envolvimento indevido nas atividades do Ashrama. Ela disse: "Você renunciou ao mundo para repetir o nome de Deus. Agora você está envolvido com muitas atividades. O Ashrama tornou-se seu segundo mundo. Os aspirantes espirituais vêm para o mosteiro tendo desistido de suas famílias; mas eles se tornam tão ligados ao mosteiro que eles não querem desistir dele”. Citando um provérbio bengalês, ela acrescentou: "Um homem ansioso para ficar longe de alimentos ácidos constrói uma casa sob uma árvore de tamarindo !". Tamarindo é uma fruta extremamente azeda conhecida por aumentar a acidez.
A bênção de um ser divino nunca falha. A Santa Mãe sempre pensou no bem-estar dos monges. Uma vez, em Jayrambati, durante o Sri Durga Puja, os monges e devotos ofereceram flores aos pés dela. Quando terminaram, ela disse a Brahmachari Barada: "Traga mais flores e ofereça-as, enquanto mencionar os nomes de Rakhal, Tarak, Sharat, Khoka, Yogin e Golap. E ofereça flores em nome de todas as minhas crianças conhecidas e desconhecidas no mundo”. Depois, ela permaneceu em silêncio por um tempo com as mãos cruzadas, olhando para a imagem do Mestre. Então ela orou: "Mestre, conceda bem-estar a todos nesta vida e na próxima. Por favor, cuide deles". Em 1918, durante sua celebração de aniversário, a Santa Mãe aceitou oferendas de flores de monges e devotos na Casa Udbodhan. Quando todos tinham ido embora, ela disse a Brahmachari Barada: "Hoje é um dia auspicioso. Por favor, ofereça flores em nome dos monges e devotos de Koalpara e Jayrambati". Então ela orou ao Mestre para abençoá-los a todos.
O amor da Santa Mãe, pelos outros era tão profundo e tão raro, que aqueles que viviam com ela sentiam isso em todas as ações dela. Uma vez, em Jayrambati, Brahmachari Jnana (mais tarde Swami Jnanananda) teve um caso tão grave de eczema que ele não podia se alimentar. Enquanto ele estava doente, a Santa Mãe alimentou-o e ela mesma tirou seu prato.
Brahmachari Rasbihari (mais tarde Swami Arupananda) estava ocupado com a construção da nova casa da Santa Mãe em Jayrambati. Um dia, ele foi a uma aldeia vizinha para fazer algumas tarefas, mas não voltou antes do almoço. Foi um curto dia de inverno. Ele voltou algumas horas antes da noite e ouviu que Santa Mãe não tinha tomado sua refeição e estava esperando por seu retorno. Ele correu para ela e protestou: "Mãe, sua saúde não é boa. Por que você tem jejuado todo esse tempo ?”. A Santa Mãe respondeu: "Meu filho, como posso comer, quando você ainda não comeu ?". Rasbihari imediatamente sentou-se para sua refeição para que a Mãe e outras mulheres devotas pudessem comer sua comida.
Em Jayrambati e Koalpara, a Santa Mãe viveu uma vida normal entre os aldeões, livre das rotinas e restrições de Calcutá. Em 1911, Swami Saradananda enviou um jovem monástico chamado Prakash para escoltar a Santa Mãe de Jayrambati a Calcutá. A caminho de Calcutá, a Santa Mãe parou em Koalpara. Ela queria caminhar com a mãe de Swami Keshavananda até sua casa. Mas Prakash queria que ela fosse pelo palanquim. A Santa Mãe ficou chateada e ela repreendeu-o: "Olha, esta é uma aldeia e eu considero o Ashrama como uma parte da minha casa. Esses garotos são meu próprio povo. Quero levar uma vida livre em Koalpara. Eu dou um suspiro de alívio aqui, para estar livre da minha gaiola em Calcutá. Lá vocês me mantém confinada e eu sou sempre cautelosa sobre meus movimentos. Eu simplesmente não serei controlada aqui em cada passo. Se você quiser, você pode escrever para Sharat (Swami Saradananda) sobre isso". Ele imediatamente implorou seu perdão.
Em janeiro de 1917, poucos dias antes do aniversário de Sri Ramakrishna em Jayrambati, Brahmachari Barada trouxe alguns mantimentos de Koalpara para a Santa Mãe, de bicicleta. Ela deu-lhe um pouco de prasad e pediu-lhe para ficar em Jayrambati naquele dia, pois havia uma tempestade iminente. Mas Barada não ouviu a Santa Mãe, porque ele tinha alguns deveres em Koalpara. No caminho de volta para Koalpara, ele foi pego em uma tempestade de granizo e sofreu terrivelmente. Ele caminhou o resto do caminho de volta para Koalpara com sua bicicleta ao longo do caminho lamacento. Naquela noite, ele teve febre. No dia seguinte, a Santa Mãe enviou sua empregada com uma carta para Koalpara, para receber notícias de Barada. Quando ele visitou a Santa Mãe em Jayrambati alguns dias depois, ela disse: "Você foi teimoso e não me ouviu. Eu estava preocupada com você quando você saiu. Eu sofro quando alguém não me escuta e se mete em problemas. Meu filho, você deve ouvir quando alguém te aconselha com o coração”.
(Continuaremos a narração da vida da Santa Mãe Sri Sarada Devi no próximo post)